Usar ou não usar elementos na UMBANDA?
- Casa de Mãe Senhora

- 20 de ago.
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Atualizado: 27 de ago.

Foi-nos dito que, na casa de um escritor e poeta de grande renome, existe um uso que parecerá estranho a quem não seja Espírita. Na mesa da família há sempre uma poltrona vazia; essa cadeira é fechada por um cadeado, e nela ninguém se senta: é o lugar dos antepassados, dos avós e dos amigos que deixaram este mundo; está aí como um respeitoso testemunho de afeto, uma piedosa lembrança, um chamado à sua presença, e para dizer que vivem sempre no espírito dos sobreviventes.
A pessoa que nos citou este fato, como o tendo de boa fonte, acrescenta: “Os Espíritas repelem com razão as coisas de pura forma; mas se há uma que possam adotar sem derrogar seus princípios, sem contradita, é esta.”
Seguramente, está aí um pensamento que jamais nascerá no cérebro de um materialista; ele não só atesta a ideia espiritualista, mas é eminentemente Espírita, e não nos surpreende de nenhum modo da parte de um homem que, sem arvorar abertamente a bandeira do Espiritismo, muitas vezes afirmou a sua crença nas verdades fundamentais que dele decorrem.
Há, nesse uso, alguma coisa de tocante, de patriarcal, e que impõe o respeito. Quem, com efeito, ousaria pô-la em ridículo? Esta não é uma dessas fórmulas estéreis que nada dizem à alma: é a expressão de um sentimento que parte do coração, o sinal sensível do laço que une os presentes aos ausentes. Nessa cadeira, vazia em aparência, mas que o pensamento ocupa, está toda uma profissão de fé, e além disto, todo um ensinamento para os grandes, tanto quanto para os pequenos. Para as crianças, é uma eloquente lição, embora muda; e que não pode deixar produzir salutares impressões. Aqueles que forem educados nessas ideias jamais serão incrédulos, porque, mais tarde, a razão virá confirmar as crenças nas quais terão sido embalados. A ideia da presença, ao seu redor, de seus avós ou de pessoas veneradas, será para eles um freio mais poderoso do que o medo do diabo.
Allan Kardec, Revista Espírita, setembro de 1868.
Este texto nos mostra que, não precisamos abandonar nossa fé, seja em qual religião for, mas podemos trazer o pensamento filosófico, cientifico e religioso que a doutrina dos espíritos nos apresenta. Portanto não existe proibição, mas sim, reflexão. Sem posturas proibitivas.



acabei de ler USAR OU NÃO USAR ELEMENTOS NA UMBANDA? - umas das frases impactantes - " Nessa cadeira, vazia em aparência, mas que o pensamento ocupa..." e nos comentários do post - " NÃO EXISTE PROIBIÇÃO, MAS SIM, REFLEXÃO"